Twitter

terça-feira, 17 de março de 2009

A Espada do Trevo de Quatro Folhas
2° Capítulo
O BECO DIAGONAL
A viagem para Londres não teve nenhum incidente. Já tendo recebido orientações sobre o mundo dos bruxos e dos trouxas e sobre como cuidar de uma coruja, Mitch tinha deixado muitos ratos na gaiola aonde Hawking repousava. Ao chegar em Londres, bem cedo, dois dias após receber a carta de Hogwarts, Mitch encontrou Angus pilotando um velho Sedan, que havia sido usado como táxi: - Então você vai para Hogwarts? - disse Angus, vestido na farda antiga que era obrigado a usar como guarda da torre da abadia de Westminster - Que sorte! Nem eu nem seu irmão nascemos com a Marca... Vê se manda alguma coisa sobre Hogwarts para nós... Mas isso não preocupava Mitch. O que o preocupava era o fato que ele ficaria sozinho em Londres. Ele devia lembrar-se que não conhecia ninguém em Londres, e mesmo em Dublin e Belfast tinha poucos amigos. Além disso, ele não sabia aonde ia dormir: apesar de seu avô Elric ter indicado alguns lugares, ele se sentia mais perdido que cego em tiroteio (ou ataque do IRA). E ele sabia que Angus morava nos alojamentos do Exército e que eles não permitiam civis lá. Chegaram rapidamente ao "Caldeirão Furado". Mitch ficou imaginando o que havia de especial naquele bar horrível. Desceu a gaiola de viagem aonde Hawking ainda dormia, pegou a mochila que seu avô o deu (com um encantamento para apresentar os brasões do clã McGregor e de Hogwarts apenas para bruxos ou pessoas como os seus irmãos), com roupas e entrou. Tão logo entrou, ele viu Angus partindo: ele tinha serviço, e Mitch não o culpou por abandoná-lo lá. Além disso, ele tinha roupas e alguns trocados, podia se virar sozinho. Ao entrar, reparou que o bar estava vazio (era cedo, apenas 10 da manhã), exceto por uma menina baixinha tomando uma xícara de chocolate quente em um canto e por um velho no balcão. Ela olhava para sua bolsa com um certo interesse, ele reparou. Ele dirigiu-se ao bartender: - O que quer? - disse o garçom, com cara de poucos amigos. "Acho que vou me enrolar", pensou Mitch. Ele esperou alguns segundos, tomando fôlego e criando coragem: - O que houve? O gato comeu sua língua? Eu não tenho o dia todo! - Tem uma porta dos fundos aqui? - disse Mitch, de um só fôlego. O garçom olhou com interesse. A menina que estava tomando o chocolate se aproximou. - Deixa ele comigo! "Pronto, me lasquei!", pensou Mitch, enquanto deixava Hawking com o garçom e acompanhava a menina para o fundo do "Caldeirão Furado". - Você deve ser novo por aqui! - Sim! Eu sou irlandês, me chamo... - McGregor! - Como você sabe? - Mitch estranhou. - Ora, só um trouxa desinformado não reconheceria o brasão do clã irlandês que mais forneceu Aurores para vigiarem a Irlanda, um dos mais importantes mesmo entre os trouxas! E meu nome é Ebenhardt, Helen Ebenhardt! - Mitch McGregor! Os dois chegaram perto de uma parede nos fundos do "Caldeirão Furado". - Meu avô devia estar tirando um sarro da minha cara quando me pediu para ver se tinha uma porta dos fundos aqui! - comentou sarcasticamente Mitch. - Não se deixe enganar pelas aparências! É a primeira vez que vim aqui? - Bem, é! É que eu estou indo para Hogwarts, e tenho que passar em Gringotes primeiro! - Bem, preste atenção, pois você precisará fazer isso toda vez que quiser vir aqui! Helen escolheu o terceiro tijolo acima da lata de lixo e bateu nele três vezes com uma varinha curta, pequena, feita de salgueiro. A varinha era tão pequena quanto Helen: ela era pequenina, pelo menos uns 15 centímetros menor que Mitch (que não era muito mais alto que a maioria da sua idade de 11 anos), usava tranças em maria-chiquinha e óculos. Formou-se uma passagem, e Mitch viu uma grande rua. - Uau! Então esse é o... - Beco Diagonal? Nossa, pensava que sendo de um clã de bruxos vocês já soubesse! - A coisa é meio relativa... Então Mitch contou a história da Maldição dos McGregor. - Então a Maldição existe mesmo? - Sim! Meu avô era o último bruxo de nossa família, até nascerem eu e meus irmãos mais novos. Todos os outros parentes meus são trouxas! - Que interessante! Deve ser legal viver entre os trouxas a vida inteira! - disse empolgada Helen. - Depende... E contou sobre Belfast, Dublin e a discriminação que sofria por ser Católico Celta. - Não sabia que era tão sério! Já tinha ouvido falar nesses conflitos, mas achava que fossem piada! - disse Helen, enquanto Mitch e ela iam para Gringotes. E ele foi vendo as lojas. Havia uma Botica, com um cheiro horrível de algo morto a muito tempo (pior que o do corujal de onde Hawking havia saído). Passou também por uma loja de penas e pergaminhos, pela Floreio & Borrões e por outras lojas. Viu os meninos se acotovelando para verem as novas vassouras da Artigos de Qualidade para Quadribol. E chegou em Gringotes. - Vai tirar dinheiro? - Vou sim! - Então eu espero você aqui fora! É melhor você entrar sozinho! Mitch entrou sozinho. A visão era impressionante: humanóides baixinhos, com olhos arregalados e orelhas pontudas preenchiam documentos, passavam despachos e conferiam contas, como em um banco comum. - Ei você, é sua vez! - disse um deles, rabugento. - Desculpe, é que eu queria retirar algum dinheiro! - Você tem os documentos do responsável? - disse ele, estranhando porque um menor de idade iria querer sacar dinheiro. - Sim! - e retirou da bolsa um calhamaço de papéis que seu avô havia dado a ele antes de partir para Londres. - Hum... parece estar tudo nos conformes... - disse o baixinho, com cara de poucos amigos, enquanto analisava os documentos. - Você tem a chave? Que cofre que é? - Bem, eu tenho uma chave, mas não sei... Quando Mitch retirou a chave da mochila, ele viu que ela tinha um número - 342. - O cofre é o 342. - Tudo bem: venha comigo. O baixinho (que depois Mitch veio descobrir ser um duende) conduziu-o até um carrinho, que saiu em disparada por uma série de túneis e corredores. Mitch sentiu como se tivesse em uma montanha-russa (e ele odiava poucas coisas como odiava uma montanha-russa), até que chegaram a um grande cofre, aonde letras antigas escreviam: 342. - Você é Mitch McGregor, não é? Quando seu avô Elric separou esse dinheiro, ele imaginou que fosse para seus filhos! - Nenhum deles teve a Marca nem o Dom. - disse um Mitch com o estômago revirando. - É uma pena! Ele é um cara legal, bom cliente, e um dos poucos sensatos irlandeses que não tentaram lutar contra Você-Sabe-Quem. - disse ele, já com uma certa candura. Depois voltou ao seu tom típico - Bem, vamos ao que interessa. O duende colocou a chave no cofre. E a visão impressionou Mitch. Milhares de moedas de cobre, prata e ouro empilhadas, formando uma pequena fortuna. Mas ele estranhou as moedas. Ele observou-as, sem fazer idéia do que fazer com elas. - Ah, teu avô deve ter esquecido de te falar: o dinheiro nosso é diferente do dos trouxas. As moedas de ouro são Galeões, as de prata são Sicles e as de bronze são Nuques. Dezessete Sicles fazem um Galeão e vinte e nove Nuques fazem um Sicle. Isso é o que você deve aprender de começo. - disse o duende entregando uma bolsinha de couro para que Mitch pegasse as moedas. - Obrigado... - Tufão! - Obrigado, Tufão. - Disse Mitch enquanto pegava alguns Galeões, Sicles e Nuques e colocava na bolsinha. Pegou por volta de 50 Galeões, contando os Sicles e Nuques trocados para as emergência. Ele sabia que tinha muito mais que isso, pois não pegou quase nada de dinheiro de bruxo do cofre. Se ele estava certo, havia uma pequena fortuna no cofre (se brincasse demais, não era tão pequena assim). Mas resolveu que seria melhor não pegar muito de uma só vez: se ele sabia bem, iria precisar de mais dinheiro nos anos seguintes para os estudos. Mitch saiu de Gringotes, amarrando a pequena bolsinha na cintura, e viu Helen sentada num banco ao lado. Ela reparou na bolsa: - Puxa, você deve ter dinheiro à beça lá! - Disse Helen, impressionada, ao ver a bolsa de Mitch. - Para falar a verdade, eu não fazia a mínima idéia de que tinha tanto. - disse Mitch, corado de vergonha. - Ah, Helen?... - Que foi? Mitch puxou a lista de material de Hogwarts que estava em seu bolso. Olhou com uma cara de dúvida e preocupação e disse: - É que eu não faço a mínima idéia de onde se compra nada dessa lista! Você parece ser mais entendida nisso... Você poderia... - Claro que eu posso te ajudar, seu tonto. Venha comigo! - Disse ela com um sorrisinho maroto. E foram os dois: na Madame Malkin compraram suas vestes negras, na Floreios & Borrões os livros (inclusive alguns extras que Helen aconselhou, como Hogwarts: Uma História e Quadribol através dos Tempos - Mitch queria saber o que é Quadribol, pois parecia que todos lá só comentavam esse esporte e a última coisa que Mitch queria era pagar mico), e assim por diante, até encher um malão de coisas para Hogwarts. E foram comprar a varinha: - A varinha é muito importante para um bruxo, Mitch. Ela é a única forma como quase todos conseguem fazer as suas magias: apenas alguns poucos bruxos muito poderosos conseguem fazer magia sem usar uma varinha, como alguns raríssimos adeptos do Você-Sabe-Quem. Aqui é a loja de varinhas do Sr. Olivaras. Ele é muito conceituado e faz ótimas varinhas. Mitch entrou na lojinha do Sr. Olivaras, que fabricava varinhas desde 382 a.C., segundo a placa na entrada. E pelo estilo antigo da loja ele não duvidava: - Bom dia! - disse um bruxo baixinho, que lembrava a Mitch os esquisitos estilistas do mundo dos trouxas. - Bom dia, sr. Olivaras! - disse Helen. - Ah, srta. Ebenhardt! Que surpresa! O que foi? Sua varinha está dando problemas? - disse em tom de preocupação. - Não, sr. Olivaras! É ele que quer comprar uma varinha! - disse Helen, apontando para um Mitch todo envergonhado. - Ah, entendo! E qual é o seu nome? - Mitch McGregor, sr. Olivaras - disse Mitch. - Ah, lembro da varinha de seu pai... - Avô! - corrigiu Mitch. - Ah, avô! Esqueci da Maldição dos McGregor! Provavelmente nenhum dos filhos do velho Elric tornou-se bruxo. Mas como eu ia dizendo, lembro da primeira varinha de seu avô, a que ele comprou para entrar em Hogwarts. Mogno, com corda de coração de dragão, 27 cm. Boa para transformações. Diferente da srta. Ebenhardt aqui. 15 cm, salgueiro, pelos de unicórnio. Pequena, sutil, para encantamentos discretos. - O quê? Como é que é? - Ah, acho que você deve entender o que acontece com as varinhas. É que cada varinha é feita de um material mágico diferente em seu miolo, o que torna a varinha condizente com o bruxo que a usa. Diz-se que a varinha escolhe o bruxo por causa disso: cada varinha é apropriada para um tipo de magia, que normalmente se torna a especialidade do bruxo. E, como todas as varinhas são diferentes umas das outras, você nunca conseguirá os mesmos resultados que conseguiria usando uma varinha apropriada para você com a varinha de outro bruxo. Bem, vejamos... Qual é o braço da varinha? - O quê? - disse um confuso Mitch. - Mitch, com que braço você escreve? - disse Helen, aparentemente divertida com a inocência de Mitch nas questões dos bruxos. - Ah, eu sou ambidestro. Peculiaridade da família... - disse Mitch. - Ah, ambidestro. - disse um Olivaras só sorriso, enquanto ele utilizava uma fita métrica que media sozinha para tomar medidas de Mitch - Isso já torna a escolha mais difícil. Muito raro. Vejamos... Olivaras revirou seu estoque atrás de uma varinha para ambidestros. Helen ficou impressionada: Olivaras trouxe apenas duas caixas. - Tente essa: 33 cm, carvalho, pelos de unicórnio. Boa para Feitiços. - disse ele, retirando uma varinha de dentro da caixa. Mitch pegou ela e tentou alguns gestos, mas nada aconteceu. Então o sr. Olivaras retirou a varinha da mão de Mitch e disse-lhe: - Esta deve funcionar. É a última para ambidestros do estoque. Tenho que mandar fazer mais. - divagou Olivaras, depois voltou para McGregor - É uma combinação muito rara e que exala poder. 40 cm, pau-brasil, madeira rara, com crina de pégaso no miolo. Uma varinha poderosa, para ataque e defesa. Ótima para bruxos que venham a se tornar Aurores. Ou então... - disse com uma certa preocupação Olivaras. - O que? - É que muitas varinhas semelhantes a essa eram usadas pelos seguidores de Você-Sabe-Quem. - disse preocupado. Mas depois disse sorrindo - Ah, mas você parece ser um bom rapaz! Além disso, é um McGregor, o clã irlandês que mais gerou Aurores para a Irlanda. É uma pena que muitos encontraram um terrível destino na mão dos Comensais da Morte, seguidores Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Mas seu avô foi sensato ao fugir... Não valia a pena perder um bom clã por bobeira... - disse Olivaras. Mitch começava a se perguntar se realmente o avô não tinha sido sensato ao fugir. Foi quando a voz de Olivaras chamou-o de volta à terra - Mas ande, teste essa varinha. Tão logo tocou a varinha, que tinha uma coloração avermelhada que combinava com seu cabelo, Mitch sentiu uma formigação correndo seu braço, e subindo pelo corpo. Essa tensão foi aumentando até ficar incontrolável. Ele ergueu a varinha e a desceu com velocidade. Quando ele a desceu, uma pequena bola de fogo surgiu, explodindo na parede. Helen recuou apavorada. Mitch não sabia o que dizer, quando viu a cara de espanto e admiração de Olivaras: - Desculpa, foi sem querer... - Não se preocupe! Essas paredes são magicamente preparadas. - Falou Olivaras, apontando a parede no ponto aonde ela foi atingida pela bola de fogo. - Viu? Não aconteceu nada! - Puxa, que susto! - disse um Mitch aliviado - Mas isso foi realmente impressionante! Garoto, você tem muito potencial como Auror. Normalmente os clientes lançam apenas fagulhas e pequenos espectros, mas você... Uma bola de fogo! Impressionante, realmente impressionante! Desde que o sr. Potter comprou sua varinha, eu não via nada tão impressionante! Isso merece-se um desconto! Pagou 15 galeões pela varinha ("Uma varinha com essa combinação normalmente custaria mais de 20 galeões" - disse Olivaras) e saiu, acompanhada de Helen. Percebeu que era mais de 3 horas pelo seu relógio e que estava com fome, pois nem tomara café da manhã direito, comendo apenas alguns dos horríveis sanduíches e sucos do vôo entre Dublin e Londres. - Helen, você tá sendo tão legal comigo... Quer vir comer alguma coisa? Eu estou morrendo de fome e acho que é o mínimo que eu posso fazer por você, que tá sendo tão legal comigo! Não esquenta que eu pago a sua parte! Só me diz aonde podemos comer! - Tem a sorveteria Florean Fortescue. Lá eles tem de tudo, desde Cheeseburgers até as delícias gasosas! - O quê? - Espera aí, você não conhece as delícias gasosas? - Não! O único doce de bruxo que eu conheço era horrível! Meu avô quem me deu antes de eu vir para cá. Parecia uma balinha marrom comum, parecia um caramelo, mas quando a mastiguei, ela tinha gosto de cera de ouvido! - disse Mitch enojado. - Ah! Você comeu um Feijãozinho de Todos os Sabores. Quando eles dizem Todos os Sabores é TODOS mesmo! - disse rindo Helen. Helen foi explicando sobre os doces dos bruxos para Mitch, que ouvia com interesse para não pagar mico nunca mais quanto a esse assunto. Quando entraram na sorveteria Fortescue, eles viram um garoto pequeno, de cabelos negros escovinha e olhos também negros, terminando um sundae. Ele parecia maldosamente gostar do fato de encontrar Helen. Já Helen parecia não ter gostado nem um pouco do que viu: - Ei, Ebenhardt, não sabia que seus pais tinham dinheiro para você vir tomar um sorvete! - Cale-se, Galahad Starshooter! - E quem é o ruivinho aí do teu lado? - disse Galahad. - Eu sou Mitch McGregor. - Ai que gracinha. Mitch, que nome meigo. - Ora, seu... - disse Ebenhardt, tentando avançar para cima de Galahad. - Espera! - Disse McGregor baixinho, apartando Helen - Não vale a pena! - Ebenhardt, fiquei sabendo que você também vai para Hogwarts, não é? Aposto que vão te colocar junto com os panacas de Lufa-Lufa! - disse Galahad, como quem tenta arrumar uma confusão a todo custo. Mitch percebeu então que, atrás dele, nas cadeiras, tinham dois caras. Um era alto e corpulento, loiro com olhos verdes. O outro era baixinho e magro, mas dava a entender que era mau-encarado. Essa habilidade de olhar ao redor e perceber coisas incomuns não era mágica, e sim uma habilidade adquirida nos anos que viveu em Belfast. - Antes Lufa-Lufa que Sonserina, aquela casa das trevas! É raro o bruxo formado por Sonserina que presta! - Vamos, Helen! - disse Mitch - Esse cara não vale a pena! E você, - disse Mitch para Galahad, com calma, mas já tendo em seus olhos o brilho da fúria irlandesa - se não quiser arrumar confusão, é bom deixar a gente em paz. - Que meda! Mas é bom eu sair! O ar está ficando poluído: uma tonta e um sangue-ruim! - Disse Galahad, enquanto saia acompanhado por seus guarda-costas, rindo. Mitch olhou os três, secando, decorando o rosto dos mesmos, tentando guardar suas feições e movimentos. Essa também era uma habilidade que Mitch tinha desenvolvido em Belfast. - Ora, seu... - disse Ebenhardt, tentando avançar para cima de Galahad a todo custo enquanto ele saia. - Espera um pouco, Helen! Fique calma! - disse Mitch, estranhando a reação e tentando tranqüilizar sua nova amiga. Lembrando - O que ele quis dizer com sangue-ruim? - O idiota do Galahad pertence a uma família de bruxos puros, sem parentes trouxas na linhagem, como no meu caso. - começou a explicar Helen, razoavelmente mais tranqüila - Chamam a eles de sangue-puro. Ele acha que isso o torna melhor que os outros, como eu que sou mestiça - papai é trouxa e mamãe é bruxa. Mas ele disse que você é sangue-ruim! - E o que tem a ver? - Sangue-ruim é a pior forma de dizer que uma pessoa é nascida de pai e mãe trouxa! É o mesmo que chamar alguém trouxa de... - Filho da... - Isso mesmo! - Aquele cara queria arrumar confusão! Que metidinho! - disse Mitch enojado, enquanto olhava o cardápio. - É claro! Mitch, um conselho: nunca se envolva com ele, e tome cuidado com os bruxos de Sonserina. Eles são muito ruins, até os ossos, a grande maioria. É raro o bruxo que sai de Sonserina e que não seja desencaminhado! Dizem que Você-Sabe-Quem e a maioria de seus seguidores formaram-se em Hogwarts por Sonserina! - Era isso que eu ia perguntar: que história é essa de Lufa-Lufa e Sonserina? O que quer dizer isso? - Enquanto a gente come eu explico. E, enquanto os dois devoravam alguns sanduíches de bacon e tomavam suco de frutas, ela explicou para Mitch sobre as quatro casas de Hogwarts, criadas pelos seus fundadores a mais de mil anos. Pelo que ouviu, Mitch sentia que sua casa seria Grifinória, coisa que ele deixou claro para Helen. - E eu também quero ir para Grifinória! - disse Helen, com um suspiro de esperança - Mas é o Chapéu Seletor quem decide isso, logo no primeiro dia em Hogwarts, durante a Cerimônia da Seleção, baseado no espírito da pessoa. Eu não me importo em ir para Lufa-Lufa ou Corvinal, mas Sonserina, nem morta! Helen e Mitch continuaram conversando, enquanto comiam. Depois os dois voltaram ao Caldeirão Furado, sendo que Mitch foi dormir em um quarto no Caldeirão Furado, aonde Helen aconselhou ele a se hospedar, dizendo que ela também estava hospedada lá. ("- Meus pais são de Liverpool e não puderam vir e nem me trazer, então estou aqui! Além disso, com todas essas coisas, os trouxas vão fazer muitas perguntas, e isso pode ser problemático!") Antes de dormir, Mitch decidiu enviar Hawking para seu avô com uma carta falando de tudo: Gringotes, os livros, Helen, Galahad e tudo o mais. E após soltar Hawking, foi dormir, pensando no que aconteceu naquele dia cheio!
..............................................................................
Gente amanhã eu vo postar as notícias de hoje tá, e lembrando que o eu vou colocar a matéria completa sobre a morte de Clodovil Hernandez, vou postar a sua vida completa no novo quadro do especiais da semana do "Vida do seu Artista". Pke to agarrado nos dever....
.......................................................................................

Nenhum comentário: